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10 músicas do rock nacional que seriam canceladas hoje

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Muitos dos grandes sucessos nos anos 80 e 90 que tocavam nas rádios e animavam festas, hoje, em pleno 2024, causariam perplexidade. Com o decorrer dos anos, algumas letras que antes eram vistas como provocativas ou engraçadas, hoje não são tanto, e deixariam muitas pessoas de cabelo em pé nos tempos atuais em que vivemos.

“Silvia” – Camisa de Vênus

Segundo o vocalista Marcelo Nova, “o Roberto Carlos tem uma música que eu não sei o nome, [Cama e Mesa] mas que diz, ‘todo homem que sabe o que quer, sabe dar e querer da mulher…’ Eu tomei emprestado e virou, ‘todo homem que sabe o que quer, pega o pau para bater na mulher.’ Isso nos dias de hoje, chega a ser uma iconoclastia. Como se elas não soubessem que tipo de pau nós estamos falando. E digo mais, nos shows, são elas que mais gritam, e mais pedem para tocar Silvia. Essa época que nós estamos vivendo é muito hipócrita. Estamos vivendo uma época de hipocrisia plena e profunda. É tenebroso.”

“Robocop Gay” – Mamonas Assassinas

O youtuber Júlio Ettore, estudioso e aficionado pelo rock dos anos oitenta, contou que “os Mamonas Assassinas surgiram com esta música. Não era nada mais que uma brincadeira para animar um comício de um candidato a Deputado estadual em 1994, na cidade de Guarulhos e, no começo, se chamava ‘Demerval, o Machão'”. Dinho (vocalista) gravou esta música de primeira, rebolando com uma cueca na mão, dentro do estúdio. Essa música deixaria muita gente zangada!

“Rock das Aranhas” – Raul Seixas

A canção chegou a ser proibida de ser tocada na época, e Raul Seixas alegou ser vítima de censura moral: “É censura moral, bicho. O Rock das Aranhas são duas aranhas, quer dizer, tomada com tomada. Dá algum curto circuito? Tomada com tomada não dá nada. Plugue com plugue também não dá nada. O mundo foi feito com tomada no plugue, tomada com plugue, aí dá uma sequência ao que Deus mandou a gente fazer, por que essas duas não dão contato. Então o Rock das Aranhas é uma homenagem ao não contato das coisas.”

“Esporrei na Manivela” – Raimundos

Por conta do seu conteúdo explícito e letra de apelo sexual escrachada, seria um prato cheio para os canceladores. Na época, o estilo provocador da banda era parte de sua identidade, e essa música exemplificava o humor ácido e debochado que marcou o Raimundos. Porém, hoje em dia, a música seria execrada.

“Miss Lexotan 6mg Garota” – Júpiter Maçã

“Miss Lexotan 6mg”, do Júpiter Maçã, geraria controvérsia por tratar do uso de medicamentos de maneira quase glamourizada. A letra fala sobre uma personagem que usa Lexotan, um ansiolítico, de forma relaxada, o que poderia ser visto como uma banalização do uso de remédios controlados.

“Me Lambe” – Raimundos

A música “Me Lambe” dos Raimundos causaria polêmica por conta de sua letra sexualmente explícita e objetificadora. Na época, o humor escrachado da banda era um grande diferencial e levado numa boa, mas nos dias de hoje, canções como essa seriam bombardeadas nas redes, ainda mais por que a personagem da canção é uma menor de 17 anos.

“Eu Gosto de Mulher” – Ultraje a Rigor

A música trata da mulher de maneira superficial e objetificada. Em 2024 seria alvo fácil e vista como machista e desrespeitosa. Aliás, o Ultraje a Rigor é uma das bandas que está sempre na mira dos “canceladores”.

“Bete Morreu” – Camisa de Vênus

E olha quem aparece pela segunda vez por aqui, o Camisa de Vênus. A letra irreverente e sarcástica que narra a morte de uma jovem, seria vista como insensível ou até desrespeitosa. Além disso, sua abordagem irônica não receberia boa uma interpretação do feminismo e direitos humanos.

“Pobre Paulista” – Ira!

O guitarrista do ira!, Edgard Scandurra, comentou: “‘Pobre Paulista’ foi o maior equívoco que eu cometi na minha vida. Eu acho que eu quis ser mais punk do que eu podia ser realmente.

Eu tinha uma noção do punk assim, ‘o punk é feito para chocar as pessoas’. A gente estava numa ditadura, então eu era tão ingênuo, que eu usei para falar dos meus professores da escola, para falar dos meus pais, eu usei uma metáfora que atingia muito mais gente além desse meu mundinho estudantil. Mas eu estava falando de gente da minha terra, de gente do meu sangue, não quero ver mais gente feia, não quero ver mais ignorantes’. Isso aí abriu espaço para uma interpretação preconceituosa da letra, e era uma coisa metafórica, eu estava usando metáforas, para falar de pessoas que não dava para falar diretamente, e para atingir essas pessoas eu usei uma metáfora que falava de coisas muito mais sérias, muito mais agressivas.”

Depois que a canção passou a ser percebida como uma música xenófoba, a banda simplesmente parou de tocá-la, pois, começou a ser hostilizada pelo público nos shows ao vivo. Portanto, a banda não toca mais o hit desde 1996. Ainda assim, muita gente nos shows em São Paulo, pede para a banda tocar “Pobre Paulista”, segundo Edgard.

“Estupro com Carinho” – Os Cascavelletes

Por fim, temos Os Cascavelletes! Seu tipo de humor provocador dos anos 80 sem dúvida causaria problemas. Por isso, ela ganha o 1° lugar nessa lista! Não é nem preciso falar muito sobre ela. Sem dúvida, envelheceu mal pra caramba!

A canção não está no disponível no Spotify, mas pode ser facilmente encontrada no Youtube.

Flávia Reishttps://www.begeeker.com.br/
Conteúdo feito com amor e carinho para pessoas que assim como eu, apaixonadas pelo universo geek e tem orgulho de ser geeker!

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