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Assassinos da Lua das Flores | Crítica sem spoilers

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“Assassinos da Lua Das Flores” é um longa-metragem dramático estrelado por Leonardo DiCaprio, Lily Gladstone e Robert De Niro, dirigido por Martin Scorsese (O Aviador, Os Infiltrados, Gangues de Nova York, O Lobo de Wall Street, O Irlandês).

A história situada no início do século XX (1910 a 1930), narra o massacre dos índios Osage, em Oklahoma, quando mais de sessenta índios foram assassinados por homens brancos.

As mortes “suspeitas” acontecem pelo simples fato de que os índios foram os primeiros a extrair o petróleo em suas terras, desencadeando assim a ganância, e a fúria “travestida” de William Hale, papel vivido por Robert De Niro, um dos grandes atores de todos os tempos.

O vilão de Robert De Niro

Ao lado de seus dois sobrinhos Bryan (Scott Shepherd) e Ernest (Leonardo DiCaprio), William Hale (De Niro) arquiteta planos para que os Osage sejam dizimados aos poucos, enquanto seus sobrinhos Bryan e Ernest, precisam casar-se com as herdeiras da tribo, e como maridos garantir que toda a riqueza permaneça sob o domínio do todo poderoso Hale, que arquiteta inclusive as mortes das esposas de seus sobrinhos.

O filme retrata principalmente o descaso da polícia local que faz “vistas grossas” para as várias mortes claramente arquitetadas, deixando claro que Hale, é o cara que manda e desmanda e desobedecer suas ordens, é no mínimo assinar sua sentença de morte.

Como costumamos ver principalmente nas atitudes de nossos políticos, Hale usa e abusa de sua imagem falsa de bom homem.

Aquele cara com um bom coração, pregando e patrocinando boas ações, ajudando quando necessário, embora suas reais intenções estejam explícitas em seus olhos.

Três horas e vinte e sete minutos de duração, são um problema?

O longa tem duração exata de 3h27, e é aqui onde está o grande problema!

Apesar da direção perfeita, atuações ímpares e uma história bem construída, o filme peca pela extensão de uma história que poderia ser contada em no máximo 100 minutos.

Diálogos longos, maçantes, cansativos e até chatos fazem com que o telespectador tenha vontade de levantar e deixar a sala (eu quase fiz isso).

Outro fator importante: a crítica aponta que esta é a melhor atuação de Leonardo Dicaprio! Honestamente, achei exagerada tal afirmação, e ainda acho que Lily Gladstone, que interpreta Molly Burkhart, esposa de Ernets (DiCaprio) seja mais expressiva e mergulhe muito mais em seu papel.

Evidentemente lhe entregaram um personagem difícil de interpretar, haja visto que ele lida com duas emoções ao mesmo tempo. Ser o mau caráter e “pau mandado” instruído por seu tio, e ao mesmo tempo ser o esposo e o pai cuidadoso perante sua família.

Participações

O filme ainda conta com as breves atuações de Jesse Plemons (Ataque dos Cães) e Brendan Fraser (A Baleia).

É provável que o filme seja indicado ao Oscar com grandes chances de vitórias em algumas categorias (fotografia é uma delas), haja visto estamos falando de um épico contendo um belo enredo e atuação impecável de Robert De Niro que aliada a direção impecável de Scorsese o façam merecer.

Enfim, “Assassinos da Lua Das Flores” tem tudo pra ser um grande filme tal qual Oppenheimer, por exemplo. No entanto peca feio quando descamba para chatices dos diálogos monótonos, falas extensas e duração exacerbada.

Em síntese: um bom filme, mas que pecou ao não perceber que às vezes, o menos, é mais.

Redigido por Geovani Gigio” Vieira.

Assista ao trailer:

Martin Scorsese

Título original: Killers of the Flower Moon
Data de estreia: 19/10/2023
Gênero: Drama, crime
Duração: 3h27m

Ficha técnica:
Direção: Martin Scorsese
Elenco: Leonardo DiCaprio, Lily Gladstone, Robert De Niro

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