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O Jogo da Invocação (2023) | Crítica

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O Jogo da Invocação chegou recentemente aos cinemas no Brasil e aqui está a nossa análise do filme para você conferir.

reprodução

Em sua reta final, 2023 pode ser considerado um ano prolífico para os amantes da sétima arte, em especial, aqueles que curtem assiduamente os gêneros sombrios, assustadores e aterrorizantes dos filmes: suspense/terror.

Fazendo uma breve retrospectiva, podemos criar uma lista de bons lançamentos que garantiram a diversão (e sustos) do público cativo dos estilos supracitados.
Esta diversão deve-se à união entre o suspense e terror, dois gêneros que andam sempre de mãos dadas, e que juntos formam um par perfeito (ou quase).

Citando alguns títulos: O Telefone Preto, Fale Comigo, Sorria, A Freira 2, Jogos Mortais X, O Exorcista do Papa, A Morte do Demônio: A Ascensão, Megan, Pânico VI, O Exorcista: O Devoto, Drácula: A última Viagem do Deméter, O Nascimento do Mal, etc, longas que garantiram aos telespectadores doses cavalares de susto e medo.

Entretanto, alguns filmes que tentam surfar na onda acabam dando um tiro no pé e frustrando o telespectador que certamente saiu da sala de cinema com aquela cara de desânimo, com filmes que prometeram muito, ofereceram muito pouco e se perderam quando tentaram se encontrar.

Um desses casos atende pelo nome de “O Jogo da Invocação”, longa-metragem que estreou no último dia 30 de novembro nas salas de cinemas do Brasil, e pelo menos no dia de sua estreia levou pouquíssimas pessoas às salas.

reprodução – O Jogo da Invocação

História:

Dirigido pela dupla Eren Celeboglu e Ari Costa, o longa narra a história do trio Marcus (Asa Butterfield), Billie (Natalia Dyer) e Jonah (Benjamin Evan Ainsworth), três irmãos que vivem em Salem, e encontram em uma cabana abandonada, uma faca e um livro trazendo algumas escrituras macabras.

Ao se apossar do artefato, e escondê-lo em seu quarto, o pequeno Jo (Benjamin) começa a ouvir vozes em sua cabeça, ao mesmo tempo em que seu comportamento e sua personalidade sofrem mudanças bruscas.

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Ao perceber que seu irmão está sendo dominado pela aparente maldição da faca encontrada, Marcus (Butterfield), o mais velho dos irmãos, tenta fazer com que Jonah se livre do artefato.

Para isso, ele então se oferece para voltar até a cabana, e devolver o que eles pegaram. Ou seja, a faca! Contudo, na tentativa de devolvê-la ao lugar de onde encontraram-na, Marcus é possuído por um demônio que o obriga a matar pessoas através de um jogo infantil cuja regra é que não haja vencedor! Apenas tentar sobreviver.

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Terror superficial:

Seguindo aquela linha de terror superficial apresentado em filmes como “O Exorcista, O Devoto”, o longa se perde no meio do caminho, fracassando completamente ao tentar soar “assustador”, porém sem sucesso.

O roteiro fraco do trio J.J. Braider, Eren Celeboglu e Ari Costa, peca por não conseguir explorar uma história que poderia render um resultado diferente, e quem sabe até mesmo no resultado final fazendo com que o filme ganhasse algumas estrelas e conseguisse ao menos a proeza de “passar de ano”.

Mas a verdade é que tudo aqui soa extremamente morno, datado, e totalmente genérico.
Até mesmo as cenas de mortes soam mornas e sem nenhum impacto. Aliás, em alguns momentos a coisa soa ridícula e totalmente patética.

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Auto spoiler:

Logo em seu início, o filme praticamente entrega seu final, já que as cenas de abertura mostram Marcus (Butterfield) sendo conduzido a delegacia.
Não precisa ser um expert pra imaginar que a história a seguir está ligada ao personagem onde as cenas iniciais refletem exatamente o que acontecerá ao final da trama.

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Erros grotescos:

Alguns filmes parecem brincar com a linha de raciocínio do telespectador, e é justamente isso que acontece aqui. É como se o diretor percebesse o erro mas dissesse o seguinte: “ah! deixa pra lá! ninguém irá notar”. Ledo engano!

Em uma das cenas onde Marcus, totalmente possuído, persegue três jovens (dois deles são seus irmãos) segurando um taco de beisebol. Estes por sua vez se trancafiam dentro de um quarto com uma porta simples de madeira, e numa manobra totalmente infantil conseguem fazer com que Marcus fique trancado dentro do quarto. Ou seja, se ele (Marcus) tem em mãos um taco de beisebol que poderia facilmente estraçalhar a porta, por que diabos ele apenas tenta abri-la de forma desesperada tentando a todo custo matar suas vítimas?

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Esta é apenas uma de outras falhas de “O Jogo da Invocação”.

Fica evidente a falta de cuidado ou talvez o exemplo acima citado de brincar com a linha de raciocínio do telespectador, que quer queira quer não, percebe detalhes por mais simples que sejam.

Ambientação:

Como em todos os filmes que tratam sobre demônios e possessões, o longa usa como pano de fundo a fórmula datada de pouca luz. Também datadas são as cenas de perseguição às vítimas onde o pano de fundo é sempre uma estradinha no meio de uma mini floresta, onde as vítimas precisam correr tentando escapar do assassino, e a sensação que temos é que a cidade habitada mais próxima está a 300 quilômetros de distância. Ou seja, absolutamente nada de novo no roteiro.

Mas afinal o filme é bom?

Definitivamente NÃO! Ao lado do já citado “O Exorcista: O Devoto”, temos aqui um filme totalmente descartável, infantil e mecânico, daqueles casos onde pra ser ruim precisa melhorar muito, disputando inclusive o pódio de pior filme de 2023.

Além disso, não bastasse o teor infantil em toda a trama, temos que lidar com as atuações péssimas de todos os atores e seus personagens inexpressivos.
Pra não dizer que estou sendo pessimista demais, talvez a atuação do jovem Benjamin Evan Ainsworth (Jonah) seja a menos pior, se comparada aos demais atores.

Enfim, um filme para ver e esquecer tão rápido quanto seu tempo de duração (aproximadamente 96 minutos).

Cotação: Ruim

Nota do Redator: alguns filmes prometem através de seus trailers histórias fabulosas que induz, envolve e aguça a curiosidade do telespectador de imediato. Porém, estes filmes muitas vezes são necessários apenas o trailer para entender e decifrar toda sua história. Sem dúvida este é o caso de “O Jogo da Invocação”, um longa que promete susto e diversão, mas no final tudo que consegue mesmo, é tão somente uma dose cavalar de decepção.

Redigido por Geovani “Gigio” Vieira.

Ficha Técnica:
Título Original: All Fun and Games
Ano Produção: 2023
Direção: Ari Costa Eren Celeboglu
Roteiro: Ari Costa, Eren Celeboglu, J.J. Braider.
Data de Estreia: 30 de Novembro de 2023 ( Brasil )
Duração: 76 minutos
Gênero: Suspense, Terror
País de Origem: Estados Unidos
Elenco:
Asa Butterfield, Benjamin Evan Ainsworth, Natalia Dyer, Erik Athavale, Kolton Stewart, Laurel Marsden, Summer H. Howell, Annabeth Gish, Kathy Fletcher, Matthew Lupu, Shylo Molina, Sydney Sabiston.

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