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Sepultura: “o Angra é foda, mas não trouxe uma identidade nova para o metal como o Sepultura trouxe”, diz Jairo Guedz

Jairo Guedz, guitarrista do The Troops of Doom e ex-Sepultura, recentemente conversou com o Loudness Videocast e, respondeu ao seguinte questionamento:

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Por que apenas o Sepultura, entre as bandas brasileiras, conseguiu chegar tão longe no cenário do metal, mesmo que o Brasil tenha tantas bandas de qualidade? Por que só o Sepultura chegou no patamar que chegou fora do Brasil?

Veja a resposta de Jairo conforme a transcrição do site Be Geeker:

“Eu não sei te explicar o porquê foi só o Sepultura, o porquê que não aconteceu com outras bandas; Quero dizer, o Angra chegou num patamar bacana lá fora e tudo, mas é de uma outra linhagem, e o Angra é foda, mas não é uma banda que trouxe uma identidade nova para o metal como o Sepultura trouxe.

O Sepultura trouxe uma leitura nova, o Roots é meio que uma ode a isso, né? Goste ou não goste, mas aquilo é uma mistura… Então assim, eu acho que vai ser muito difícil ter uma outra banda que vá chegar num patamar mesmo que seja próximo do Sepultura. Eu não acredito que tão cedo nós teremos uma banda assim. Talvez daqui uns 30, 40, 50 anos, eu não vou nem estar aqui. Então eu não acredito nisso, eu não espero isso, eu não almejo isso nem para a minha banda, porque é muito grande; É muito gigante o Sepultura, o nome é muito maior do que a própria banda. Os caras não tem nem o dinheiro que eles deveriam ter pelo tamanho do nome. Talvez seja a única ou uma das poucas no mundo que tocou em lugares que nem o Metallica tocou. Tocaram em lugares que as bandas que cresceram principalmente nos Estados Unidos já não iam.

E desde a minha época o Sepultura fazia qualquer coisa, fazia qualquer show, sabe? São Paulo, interior, Araraquara, Santa Isabel, Americana, e aí tem as histórias todas mirabolantes que são incríveis, porque era uma loucura o que a gente fazia.

O Sepultura tinha coragem, não tinha essa exigência que nós temos hoje e que as bandas aprenderam a ter nos anos noventa de ‘ah, precisamos disso e disso’, não. Não tinha frescura, então nós fazíamos as coisas. Respondíamos todas as cartas, todas. Seja do fã lá do Mato Grosso, ou do Chuck Schuldiner, sabe? Que a gente respondeu várias cartas. Usou camisa pintada que o Iggor fez à mão, então assim, ‘manda a camisa pro cara’, ‘ah quem que é?’, ‘ah, ele tem uma banda que chama Death, manda lá pro cara’. E a gente nem sabia direito, depois que virou o DEATH. A gente recebia demo, mandava demo de ensaio. Então foi isso tudo que criou isso.”

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Flávia Reishttps://www.begeeker.com.br/
Conteúdo feito com amor e carinho para pessoas que assim como eu, apaixonadas pelo universo geek e tem orgulho de ser geeker!
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