Ira! | Nasi acusa “milícias digitais” por cancelamentos de shows e diz: “O artista não é só a música que ele toca, o artista é o que ele pensa”

Se tem uma coisa que a chamada “direita” aprendeu com a “esquerda” foi fazer um cancelamento eficaz nas redes sociais (com a esquerda nem sempre dá certo). É o que acabamos de ver acontecer com Nasi, o vocalista da banda Ira! E isso não é uma opinião, é uma apenas uma constatação.

Depois do episódio recente em que Nasi praticamente expulsou fãs de “extrema-direita” de um show em Belo Horizonte por terem vaiado seu grito de “sem anistia”, os fãs “fascistas” (segundo o próprio Nasi), do Sul, (Jaraguá do Sul, Blumenau, Caxias do Sul e Pelotas), decidiram boicotar o Ira! e, os quatro shows que estavam agendados acabaram sendo cancelados.

Em tempos onde até mesmo bandas mais famosas, incluindo bandas internacionais, enfrentam dificuldades para manter suas agendas (às vezes por falta de público), o Ira! se deu o privilégio de dispensar os fãs que, segundo Nasi, “nunca entenderam a banda!”.

O público “fascista” também não deve consumir os produtos da banda, e isso inclui seus álbuns, sua música e seus shows; Eu não sei vale a pena comentar sobre isso, mas, do visto de vista do business, dado que o Ira! é uma empresa (querendo ou não), sugerir aos fãs que parem de consumir o seu produto não parece ser uma ideia muito inteligente. O que você pensa sobre isso?

Cancelamento teria sido “fruto de milícias digitais”

Em uma nova entrevista ao Fórum Onze e Meia, Nasi falou sobre os cancelamentos dos shows que ele considera “pontuais”, e que, em suas palavras, “foi fruto de milícias digitais.”

Sobre o show em Contagem, Belo Horizonte, Nasi disse que não se referiu aos fãs de direita/conservadores, mas sim, às pessoas de “extrema-direita”.

“Aquilo foi um recorte de um momento em que eu apoiei a maior parte do público que se manifestou de livre e espontânea vontade – não estava isso no contexto do show – contra a anistia. Depois, tomaram uma vaia de meia dúzia lá no fundo. Eu resolvi me solidarizar demonstrando minha opinião em nome da banda.”

Nasi afirmou ser uma pessoa adepta do diálogo, e ele teria conversado numa boa se alguém tivesse ido até ele para conversar sobre sua postura no palco. “Sou um cara de diálogo, entendeu?”

Prosseguindo com seu reflexão sobre o momento do ocorrido, ele disse:

“Era a semana onde o Partido Liberal estava fazendo uma pressão muito grande no Congresso para ‘enfiar goela abaixo’ essa pauta, sendo que o Brasil tem tantas coisas importantes, no momento dos mais conturbados da história do mundo, principalmente na economia. O Brasil tem pautas importantes para sua população, inflação, segurança pública, a questão do tarifaço, a questão do imposto de renda para quem ganha até R$ 5 mil, tanta coisa que tem que ser passada com urgência.”

Ele acrescentou:

“Democraticamente o público pediu sem anistia. Uma outra pequena parte vaiou porque é favor da anistia. E eu me posicionei, entendeu? E assim a democracia segue. Não houve tumulto, não houve briga. Agora, o que aconteceu no Sul foi uma coisa muito desse cancelamento, foi uma coisa muito localizada.

Só que talvez faltou, na minha adrenalina, explicar que meu público tem que me representar, seja ele de esquerda ou de direita, ele tem que ser democrático, entendeu? Democrático no sentido das suas convicções sobre o que e como ele enxerga a realidade nacional.

Eu só tentei me colocar como artista, porque o artista não é só a música que ele toca, o artista é o que ele pensa, é o que ele representa, é como ele atua.”

Por fim, leia tudo o que foi dito por Nasi acessando a matéria completa: https://revistaforum.com.br/cultura/2025/4/14/cancelamento-de-shows-foi-fruto-de-milicias-digitais-afirma-nasi-do-ira-177444.html