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Megadeth: “Tive um empresário sentado na minha sala e dizendo: ‘Dave é Bruce Springsteen; vocês são apenas a E Street Band'”

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O ex-baixista do Megadeth, David Ellefson, abordou o relacionamento entre músicos de uma banda e as questões que envolvem estar em uma banda de rock com pessoas dos mais diversos temperamentos e personalidades. Segundo David Ellefson, a divisão do dinheiro precisa ser discutida desde o início para evitar dores de cabeça no futuro. Ele falou como as coisas aconteciam no Megadeth e quando tudo começou a ir por água abaixo.

Durante a sua primeira experiência como palestrante no Support Life And Music Slam Summit, apresentado por Jack Magan, Ellefson disse:

“Os anos 90 foram uma boa década para minha carreira, mas perto do final dos anos 90, houve muitas transições, novos empresários chegando, dividir para conquistar. Um dia, literalmente, tive um empresário sentado na minha sala de estar e dizendo: ‘Sabe, Dave é Bruce Springsteen; vocês [o resto do Megadeth] são apenas a E Street Band.’ E minha esposa estava pronta para jogar uma frigideira na cabeça dele. Foi tipo, ‘Saia da minha casa’. O cara que estava lá há, tipo, um ano chega e diz isso. E esse realmente foi o começo do dividir para conquistar do Megadeth; foi mesmo. Foi um momento de divisão do qual nós nunca… nós não sobrevivemos e nunca nos recuperamos. E tudo o que é preciso às vezes é um ouvido externo entrar e começar a piar, uma voz externa entrar e começar a piar no ouvido direito. E às vezes essas são equações insuperáveis, das quais é difícil se recuperar. E isso estava no [polêmico] álbum ‘Risk’. Então aí está. Isso foi quando estávamos entrando no álbum ‘Risk’. Então, isso não é um sentimento; é um fato do que aconteceu naquele regime de liderança.”

Existem certos tipos de comportamentos prejudiciais que não devem ser tolerados quando você está em uma banda, e não adianta tapar o sol com a peneira, ou fingir que não está vendo o problema. É preciso resolvê-lo, é preciso sentar, conversar e encontrar uma solução para acabar com o problema antes que ele acabe com a banda.

O baixista citou alguns bons exemplos de como lidar com tais situações:

“Bem, olha, eu acho que quando você entra em qualquer sala, em qualquer situação, se você for honesto consigo mesmo, você sabe no que está se metendo. Se seus detectores de mentira estiverem ligados, você sabe, tipo, ‘É, isso pode ser um problema’. ‘Ah, esse foi um comentário inapropriado’. ‘Hmm, eu vi algo acontecer que eu não acho tão legal’. E podemos varrer para debaixo do tapete, podemos fingir: ‘Bem, talvez não tenha acontecido’. Ou ‘talvez isso melhore com o tempo’. Estou aqui para dizer que não vai. Então, se parece um pato, anda como um pato, fala como um pato, eu prometo que é um pato. Então, se você vir isso acontecendo logo no começo… porque nossas personalidades, especialmente quando começamos empreendimentos musicais e artísticos… vamos supor que sejamos adultos. Estamos neste planeta há alguns anos, e quem somos geralmente tende a se revelar. E esses tipos de personalidade, sejam reservados, passivo-agressivos, superagressivos, abusivos, seja lá o que for, se você enxergar a ponta do iceberg, simplesmente presuma que há um iceberg abaixo da superfície. E eu penso: “Olha, como você lida com isso?” Bem, olha, em uma banda antiga, tínhamos um conselheiro de drogas e álcool que vinha nos ajudar a aprender a conversar uns com os outros enquanto estávamos ficando sóbrios. O Metallica fez um filme sobre isso. Eu conheço outra banda bem famosa que faz check-ins 30 minutos antes de subir no palco. Eles fazem check-ins. O que está acontecendo em suas vidas pessoais, suas vidas profissionais: ‘Há algo que precisamos trabalhar no programa?’. E então eles saem do palco e fazem uma espécie de debriefing. Então, há uma espécie de briefing antes de subir no palco para entrar na missão, e depois há um debriefing após a missão. E esses são grupos saudáveis. Porque o que percebemos — as coisas não permanecem as mesmas. As pessoas têm permissão para mudar, elas têm permissão para crescer, e eu acho que uma das coisas mais difíceis quando você está em um grupo de carreira, por exemplo, é que mudamos. As pessoas crescem, mudam seu estilo de vida, talvez se casem, tenham filhos. Agora você está na estrada. Estamos crescendo como pessoas também. Então, não é como se simplesmente entrássemos e fossemos assim para sempre. Há muitas mudanças que acontecem, e quanto mais podemos nos apoiar e sermos solidários uns com os outros, descobri que maiores são as chances de sucesso. Novamente, por mais que meu grupo anterior tivesse uma reputação publicamente tumultuada, eu vou dizer que também reservamos um tempo — especialmente durante os anos 90 — para realmente tentarmos nos curar e dar espaço um ao outro, fosse pela sobriedade, fosse pelas coisas em casa que estávamos enfrentando. Reservamos um tempo para realmente apoiar um ao outro,e acho que é por isso que tivemos uma carreira tão boa naquela década.”

Flávia Reishttps://www.begeeker.com.br/
Conteúdo feito com amor e carinho para pessoas que assim como eu, apaixonadas pelo universo geek e tem orgulho de ser geeker!

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