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Ministério Público investiga vídeo viral de policiais fazendo gesto supremacista diante de cruz em chamas

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Um vídeo postado na terça-feira (15) pelo 9º Batalhão de Ações Especiais de Polícia (Baep), de São José do Rio Preto (SP), causou grande polêmica nas redes sociais. As imagens, que foram deletadas depois da repercussão, mostravam policiais militares com os braços esticados, em um gesto que lembrava a saudação nazista.

No vídeo, também apareciam velas acesas e uma cruz em chamas, símbolos que remetem a grupos racistas, como a Ku Klux Klan, nos Estados Unidos. A gravação viralizou rápido, recebeu muitas críticas dos usuários e levantou dúvidas sobre o que aquela cerimônia vista nas imagens representava.

Em um comunicado enviado ao G1, membros da polícia explicaram que o objetivo do vídeo era só representar a superação dos desafios físicos e mentais que os policiais enfrentam nos treinamentos. Eles deixaram claro que não tinham intenção de ligar o gesto a qualquer ideologia política, racial ou religiosa.

A Polícia Militar de São Paulo disse que abriu uma investigação interna para entender o que aconteceu.

“A PM é uma instituição legalista e repudia toda e qualquer manifestação de intolerância. Não compactua com desvios de conduta e reforça que qualquer manifestação que contrarie seus valores será rigorosamente apurada.”

O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) também está de olho no caso. O procurador-geral de Justiça, Paulo Sérgio de Oliveira e Costa, informou que a promotoria da região já pediu esclarecimentos ao batalhão.

“Caso se comprove algum desvio de conduta, serão tomadas as medidas necessárias para punir os agentes da Polícia Militar.”

O vice-prefeito de São Paulo, Ricardo Mello Araújo (PL), defendeu os policiais do 9º Batalhão de Ações Especiais de Polícia (Baep) de São José do Rio Preto (SP), ao comentar um vídeo em que o tenente-coronel Costa Junior, que comanda o 9° Baep, justifica o ocorrido.

“Quem critica é porque não entende nada de polícia e nunca vai entender. São especialistas em denegrir, parabéns aos policiais militares que passaram pelo treinamento difícil que prepara vcs para as piores missões”, disse o vice-prefeito.

Em entrevista ao G1, ele declarou:

“Na polícia eu já fiz vários cursos de operações especiais. Cursos para tropas de elite. São cursos que muitos começam e poucos terminam. Em todos esses cursos, inclusive na Swat [tropa de elite dos EUA], como são muito difíceis de fazer e terminar, existe esse simbolismo de que cada um vai carregar a sua cruz individualmente.

Nesses cursos você recebe uma cruz e um número. Ninguém mais é capitão, coronel, soldado. Você é o Zero Um, Zero Dois, por exemplo. Então, aqueles que conseguem terminar, fazem na formatura essa queima da cruz, como símbolo da sobrevivência e triunfo sobre as dificuldades.

Aqueles que desistem depositam seu capacete ou boné na cruz e se despedem do grupo de treinamento. Então, para quem conseguiu continuar, aquele desistente ou desligado é alguém que ‘morreu’ para aquele treinamento. É assim em todos os cursos de grupos de elite de forças militares. No mundo inteiro funciona assim.”

Sobre o gesto com o braço esticado feito pelos PM’s, ele argumentou:

“Nessas formaturas de forças especiais você faz um juramento. A Polícia Militar é a única no mundo que você diz no juramento que daria a própria vida pela sociedade, se preciso for. São coisas que existem em instituições militares não só em SP, mas no Brasil e no mundo inteiro. Não há nenhuma ligação com coisa errada e ruim, como alguns querem fazer passar.”

Flávia Reishttps://www.begeeker.com.br/
Conteúdo feito com amor e carinho para pessoas que assim como eu, apaixonadas pelo universo geek e tem orgulho de ser geeker!

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